sábado, 17 de setembro de 2011

Waldo Motta in der Villa Waldberta



NUMINOSNAMEN 
NOMES NUMINOSOS 

Ein Traum aber auch Wirklichkeit.
Um sonho, mas também realidade.
Glaub ich im Wald zu stehen. Siehe:
Acho que estou no mato. Vejam:
Feldafing, Höhenbergstrabe und Villa
Feldafing, Höhenbergstrabe e Villa
Waldberta, hier bin ich, und Wald heib ich.
Waldberta, aqui estou, e eu sou Waldo.
Jeden Tag, ich mir sage: ohne Zweifel
Digo a mim, cada dia: sem dúvida,
Na endlich, erreiche ich hier mein Ziel.
Finalmente, alcancei aqui meu fim.
Zur Erlösung führt diese gute Strabe.
À salvação leva esta boa estrada.
Das ist ein magischer Ort, wo fang ich
Este é um lugar mágico, onde cacei
Und richte das Wild des Waldes ab.
E amestrei as feras da floresta.
Ein Hinterwäldler (Wald), der immer sucht
Um caipira (Waldo), que sempre caça
Wie ein Wild die Weisheit und das Licht,
Como um louco a ciência e a luz,
Wurde hier in der Villa Waldberta,
Foi aqui, na Villa Waldberta,
Feldafing, gefangen, eigentlich.
Feldafing, a caça verdadeira.


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Este é um dos poemas iniciais do meu livro Terra Sem Mal, que versa sobre a busca e o achamento do paraíso terrestre, segundo a minha leitura dos mitos dos índios brasileiros, mormente os guarani.

Considero um sinal verde dos deuses, reconhecimento e benção do espírito da floresta, que um poeta brasileiro chamado Waldo (em alemão, Wald significa: floresta; monte), ganhe, no emblemático ano 2000, o seu primeiro prêmio literário de uma instituição alemã, e fique hospedado exatamente na Villa Waldberta, de frente para os Alpes.

Seguindo por vias analógicas, cheguei ao paraíso, o jardim de prazeres, o bosque sagrado, a floresta encantada, em mim mesmo: Wald.

Graziela Romanha e Verena Nolte me ajudaram na correção do poema "Numinosnamen", que escrevi com o auxílio de dicionários. 

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Aqui está o poeta Waldo Motta, lendo poemas de sua autoria, na Villa Waldberta, em 2001, na exposição do artista plástico eslovaco Juraj Bartusz, autor desta foto.






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As fotos abaixo, da Villa Waldberta, onde fiquei durante três meses, final de 2011
e início de 2002, foram feitas por Christina Garcia, participante da oficina
Poesia e Teatro, que ministrei na FAFI, em Vitória, em 2007-08, que visitou a
Villa Waldberta e fez estas fotos para mim.